sábado, 19 de fevereiro de 2022

ACESSIBILIDADE EM ÁREAS VERDES URBANAS: O QUE AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA ESTÃO PENSANDO SOBRE ISSO?

 

ilustração digital colorida retangular de paisagem de parque com trilha e vegetação, onde caminham três pessoas, uma sem deficiência e pessoa negra e duas pessoas com deficiência brancas uma com prótese em uma das pernas e outra cega com cão guia.
                Ilustração com texto alternativo by: @meuuniverso_meumundo - Parque Acessível e Invisibilidade das Pessoas com Deficiência 
Bianca Marques Weber®

Reabertura do mundo digital? Sim, a retomada da vida durante esta pandemia de Sars-Cov-2 (Covid-19), que completa dois anos este ano, me fez voltar a publicar e compartilhar saberes aqui no velho, saudoso e bom blog - Bionóculo, que surgiu há mais de 12 anos e renasce com novidades em breve para trazer esperançar por dias melhores!

Este blog surgiu em 2008, ainda no início de minha vida como educador socioambiental (iniciada em 1991 e consolidada a partir de 2002 até o momento) e que muito estimulado sempre em registrar ideias e partilhar reflexões em diversos temas ambientais e transversais da ecologia urbana e humana, em tempos em que não havia Instagram, era recente o Facebook e os blogs e depois os videoblogs, havia acabado recentemente o MSN e surgido os pod cast também...uma evolução da comunicação livre digital e das redes sociais no planeta! Mas a vida ainda era essencialmente presencial e livre de pandemias graves...o planeta parecia ainda ser um recurso inesgotável...

Enfim, esta vida da quarentena social, do isolamento para uma grande maioria da população mundial, colocou em xeque esta tal "normalidade" da vida em sociedade, gerou uma ruptura na vida presencial pressuposta como inalterável dos encontros, liberdades e aglomerações.

Durante a pandemia, a vida nas cidades depende agora de serviços essenciais, de serviços remotos, do mundo virtual e da Internet para poder seguir com segurança sanitária e ampliou com isso desigualdades e distanciamentos entre as relações humanas...

As pessoas em vulnerabilidade, as que já estavam na dita "quarentena histórica" de isolamento e segregadas da sociedade, como é o cotidiano de milhares de pessoas com deficiência, ficou em evidência, se agravou na pandemia e revelou impactos profundos na vida de pessoas com e sem deficiência. Mas, claro, quem já estava em desvantagens, vivendo os desafios diante das barreiras criadas pela sociedade só vieram a perder mais ainda seus direitos e dignidade.

No mundo, são mais de 1 bilhão de pessoas com deficiência (PcD), cerca de 15% da população mundial (Relatório Mundial da Deficiência. ONU, 2010).

No Brasil, são cerca de 45 milhões de pessoas com deficiências em geral, isso representa cerca de 25% da população brasileira (IBGE, 2010), sendo cerca de 6,7% da pop. brasileira com alguma deficiência severa, cerca de 12 milhões de pessoas com deficiência (IBGE/WG, 2010/ 2018).

Diante desta situação de privação e isolamento social, grande parte da população com e sem deficiência ficou distanciada da qualidade de vida e bem-estar social de antes da pandemia, mais risco de contagio e contaminação viral em espaços fechados ou de aglomerações de pessoas e sentindo os prejuízos dos retrocessos nas políticas públicas e saudosos dos tempos de maior investimento na área social e ambiental. O que levou a um aumento no déficit de natureza entre as pessoas das cidades, do contato com as áreas verdes e frequentarem os espaços públicos culturais e de lazer, parques e lugares de natureza, mesmo no meio urbano.

Isso nos mostra um cenário dramático e urgente de repensarmos nossas escolhas e valores, que sustentabilidade queremos e precisamos ouvir as pessoas com deficiência o que estão pensando sobre isso? Como anda a acessibilidade nas áreas verdes na cidade de São Paulo e no país?

Vamos trocar ideias por aqui, escreva comentários para ampliarmos este debate!

Até as próximas matérias!

Obrigado