domingo, 27 de maio de 2012

TELETRABALHO : Como o mundo do trabalho está se preparando?

O TeleTrabalho é o mesmo que trabalhar utilizando-se de recursos on-line, a distância do seu posto de trabalho, ou mesmo trabalhar em casa, mas acessando todos os seus sistemas corporativos.

O teleTrabalho ainda é um termo novo, os patrões, chefes e mesmo os funcionários ainda estão se adaptando a este novo estilo e possibilidade de trabalho mediado por tecnologias a distância.

O Ministério do Trabalho também ainda está, aqui no Brasil, aprendendo a lidar com as novas situações trabalhistas que isso implicará, pois sempre ocorreu este tipo de situação de certa forma, desde os tempos em que trabalhar por telefone e fax fora de seu local de trabalho e de casa isso já ocorria. Atualmente, claro, os recursos aumentaram as possibilidades do trabalho a distância, pois temos o celular smartphone, o notebook, a Internet, o e-mail, as videoconferências via IP. TV, as teleconferências via TV a Cabo, as videochamadas pelo Skipe e IPhone ou Itouch...Segunhdo a lei 12.551/2011 o teletrabalho é qualquer atividade de trabalho formal que ocorra no domicílio do empregado ou fora do ambiente de trabalho, geralmente mediado por alguma tecnologia de comunicação a distância, também dito trabalho remoto, que significa, literalmente, trabalho à distância.

Bem, sem falarmos nas novas possibilidades da aprendizagem mediada por tecnologia (AMT), que são a nova onda dos antigos cursos por correio, que o SENAC e IUB faziam desde os anos 70 e ainda alguns realizam, mas que agora já com o incremento das novas mídias da Internet e os EADs, Ensino a Distância!

Estamos em plena "Era do Conhecimento", a Gestão do Conhecimento precisa ser difundida dentro do ambiente corporativo e institucional, como forma de crescimento e conhecimento permanetes e globais. As tecnologias podem nos ajudar, mas não devem ser mais importantes que as pessoas e nem serão substitutas do aprendizado vivencial e presencial, apenas otimizar-se-á o tempo do saber de modo mais estratégico, com foco no aluno e de olho nos resultados e metas da empresa!

O mundo do trabalho agora se mescla com o da aprendizagem, finalmente não são algo mais fragmentado e as novas tecnologias ajudam a ser possível e viável disto ocorrer de modo integrado e simultâneo, a questão ainda é saber como os gestores tanto dos cursos on line, como os gestores dos funcionários entenderão que o funcionário estará em horário de treinamento ou de um curso EAD, mas estando em horário de trabalho, presente na empresa e ao mesmo tempo ausente de seus afazeres imediatos, por estar em treinamento, por exemplo. Outra situação será o funcionário estar em casa, mas em treinamento on line! Os novos softwares e plataformas LMS já dão conta de administrar isso com certa tranquilidade, pois tem como gerenciar cada funcionário, cada curso e cada trilha de conhecimento que esteja sendo avançada por cada colaborador ou gestor. Isso melhora o entendimento de educação permanente, de coaching, mentoring, carreira e permite à instituição avaliar e migrar para a gestão por competências e meritrocracia de forma mais transparente e coerente.

Sistemas como o Moddle, SABA e outros do mercado, nos revelam que é possível customizar para as necessidades de cada empresa e adaptar as plataformas e licenças conforme os interesses dos dirigentes de cada empresa, focando no negócio e nas metas que se quer chegar.

Investimentos neste segmento levam diversas empresas a melhorarem seu desempenho, registrarem mais seu conhecimento interno, gastam menos com colsultorias externas, valorizam mais seus instrutores internos e ainda acabam ampliando a rede de contatos com o mundo acadêmico e até mesmo com os antigos concorrentes e passam a ser parte da rede de conhecimento e de trocas de saberes pelas redes sociais, fóruns profissionais e sistemas de inovação integrada em ambientes virtuais.

Os setores antes chamados de T&D, estão migrando paulatinamente para os SECs - Sistemas de Educação Corporativa, que já atuam com o teletrabalho e os cursos estratégicos on line via AMT e a gestão por competências.

Vale aqui lembrar que diversas revistas e artigos neste semestre tem apontado que o teletrabalho juridicamente ainda é algo novo e que o bom senso de gestores e trabalhadores deve ser o diferencial para a implantação, pois muitas vezes estamos usando o horário do trabalho para coisas pessoais, logo podemos destinar nosso tempo também para coisas do trabalho e aprendizado, extra local/horário de trabalho, como forma de liberdade e compensação, mas tudo deve ser na medida certa e com sensibilização prévia dos custos e benefícios desta modalidade e ciência de ambas as partes, dentro das leis trabalhistas e do bom senso, sem excessos, ou abuso do espaço-tempo da vida pessoal dos funcionários...

SUA ESCOLHA DESENHA SEU FUTURO...!

"Sua escolha, desenha seu futuro...sua escola, depende de seu olhar!"

A cada dia percebo mais e mais que conforme nosso olhar se apura, nossa visão de mundo se amplia e assim seguimos construindo novos pensamentos e aprendizados que vão se tornando ao longo de nossas vidas uma escola de conhecimentos incríveis e até poéticos, pois estão no contexto e intimidade do cotidiano, por isso fazem sentido...

Outro dia, conversando com um amigo no SESC Belenzinho, o Damasceno, grande pessoa na sua simpatia e cordialidade, contou-me sobre uma história de criança que muito lhe ensinou sobre saber ler e respeitar os sinais da natureza.

Falávamos sobre a meteorologia que atualmente mesmo com tanta tecnologia ainda erra muito na precisão dos fenômenos naturais como chuvas, terremotos e tsunamis e que poucas pessoas hoje sabem ler o céu e saber se vai chover hoje, ou se vai cair logo a chuva, de onde vem a chuva de seu bairro, norte, sul, leste ou oeste, para que lado sopra o vento, que nuvem é aquela...? Enfim, a constatação de quanto isso é valioso e já desapercebido, surgiu uma reflexão nesta história que ele me contou e que compartilho com vocês!

" Certo dia meu pai ia caçar e foi longe, até a beira do rio já quase seco na estiagem típica do nordeste, para caçar talvez uma capivara ou uma raposa...e logo encontrou uma raposa na margem seca do rio...hesitou em atirar para caçá-la...por um instante sentiu que algo estava ocorrendo e ele não entendia...

De repente, ele notou que a raposa era uma fêmea e estava a retirar um por um de seus filhotes da toca e levá-los para bem longe dalí...observou, pensou e desistiu de atirar e voltou pra casa desanimado, mas curioso...

Ao chegar em casa logo perguntou para seu pai, meu avô, o motivo de uma raposa em pleno final de seca perder tempo em tirar seus filhotes de perto do já raro filete de água do rio...e ele um mero caçador de sobrevivência, ter hesitado em atirar nela...pobrezinha...

Ai meu avô, virou-se e disse, que bom meu filho que não atirou, pois esta raposa estava apenas pressentindo a chegada da cheia do rio, com as chuvas que já deviam estar caindo na cabeceira da nascente do rio, bem distante, mas que este animal por instinto e sabedoria, já estava se preparando para salvar seus filhotes da enchente de fim da seca...!!!! Nossa meu pai nunca mais esqueceu deste aprendizado que a natureza lhe deu, mas tudo dependeu de um olhar atento e de uma escolha sábia..."

Olha que bela história, vale como um conto natural, factível, uma mensagem que com os tempos vira um ditado popular, nascido de uma bela observação da natureza!!!!! Isso é científico ou apenas uma variação do folclórico?

Acredito que no momento que passamos a usar este fato, que vira conto e que depois pode ser usado como um alerta cheio de lirismo e folclore, do tipo...Olha se você matar um animal na beira do rio na seca, poderá não chover mais na região...ai sim é nascer talvez o folclore como forma de representação social e cultural dos valores do saber popular, como no ditado popular que comprova um fenômeno, reafirma uma lei ou proíbe e determina regras de um jeito sutil a partir da crença e conhecimento local.

Contos que encantam: Viva a sabedoria Popular!

CDR: Combustível Derivado de Resíduos!

CDR - Você já ouviu falar nisso?
São os Combustíveis Derivados de Resíduos Sólidos em geral, são uma grande alternativa para o Ano das Energias Renováveis, pois na Europa é que foi desenvolvido este sistema alternativo de produção limpa de combustível a partir de lixo, onde o Brasil acaba de adquirir um exemplar desta gigantesca máquina de beneficiamento de resíduos sólidos para testes no setor privado de produção de matéria prima combustível para geração de calor em fornos industriais e fornalhas de siderúrgicas, metalúrgicas e setor papeleiro ou cerâmico.

O equipamento, foi batizado de "Tiranossauro" por seu tamanho e formato longo, com uma "mandíbula" poderosa que tritura qualquer tipo de resíduo sólido, concreto, sofás inteiros, pneus, entulho e lixo em geral ou restos de árvores e varrição foram testados e já produziram uma montanha de detritos peneirados e triados, que podem virar adubo, material para construção e combustível para fornos!

Só faltam compradores no Brasil para este incrível e revolucionário combustível alternativo, o CDR!!! Deveria haver isenção de impostos para este tipo de iniciativa, poderia haver projetos da Petrobras ampliando estas pesquisas e quem sabe um empresário como os da Votorantim e Aike Batista invistam na produção de um equipamento como este na versão brasileira!

ANO INTERNACIONAL DAS FONTES RENOVÁVEIS DE ENERGIA - 2012

No ano Internacional das fontes de energia renovável, as energias limpas, podemos dizer que nada de avanços concretos tivemos no Brasil, a não ser a polêmica noção de que investirmos nas hidroelétricas apenas, por serem um projeto de produção limpa de energia elétrica, mas que hoje sabemos que os impactos socioambientais são tão grandes e incalculáveis quanto os demais meios de produção de energia...

Em outras palavras, nossa existência, nos padrões atuais de conforto e tecnologias de automação e produção no planeta obrigam e pressionam a tomadas de decisão sempre urgentes e com muitos equívocos, pois sempre causarão impactos ambientais, sociais e econômicos brutais!

Somos 7 bilhões de habitantes sobre a superfície deste querido planeta Terra, o país com a maior população no momento, que é a China, tem apenas mais de 1 bilhão destes habitantes em seu território ou já migrando...as decisões deste país são de consumo imediatista, mega produção para crescimento e enriquecimento a qualquer custo...usam todos os tipos de produção de energia, incluindo carvão!

A matriz energética do Brasil é apenas mais limpa, por ser essencialmente de hidroelétricas, mas precisamos investir na verdade em um leque maior de opções de matriz energética renováveis, limpas e sustentáveis...uma delas que pouco investimos é a eólica (dos ventos), a solar então é absurdamente combatida e os argumentos são criminosos, pois nos lugares do país onde mais temos sol o ano todo, são ditos como lugares de baixo índice de interesse em energias alternativas como a solar por chover demais, como Amazonas e Pará! Isso é um exemplo de como é tendenciosa a mídia e os investimentos sempre se concentrarem nas zonas comerciais e de alto consumo e produção por consequência, mas esquece-se de que poderiam ser polos produtores de energia limpa! Baixo impacto socioambiental!

Belo Monte é um exemplo, junto com Balbina e Angra I e II de investimentos equivocados, falta de ouvirem e respeitarem as comunidades locais, desrespeito à sabedoria popular local em detrimento de geração irresponsável e desnecessária de energia para ser escoada para outras regiões do país e da América Latina! Podendo ser outras soluções energéticas mais limpas e menos impactantes...

Após o tsunami e o acidente no japão em Fukushima, ficou evidente que até mesmo em um país exemplar quanto a seriedade e boas práticas éticas com relação à população, governo e meio ambiente, tiveram o maior problema de vazamento nuclear de sua usina litorânea (vulnerável como Angra) da história do país e no mundo atual, revelando que a tomada de decisão sobre a matriz energética dos países que se desenvolvem nesta década, será fundamental esta responsabilidade na escolha de novas matrizes limpas!

Mesmo o álcool da cana de açucar é um exemplo atual de engano velado, pois o combustível é limpo, sua produção é eficiente, mas no campo, nas lavouras e cana com suas queimadas, o trabalho quase escravo de alguns boais-frias, a falta de dignidade no trabalho do meio rural mostram outra faceta antes não revelada deste custo socioambiental, desta tal economia verde que mascara e enfumaça a sociedade a saber o que de fato há por detrás de cada tomada de decisão...

As escolhas que fizermos hoje, definirão nosso futuro e o de nossos filhos...
O que estamos fazendo por eles? Como estamos educando os filhos do amanhã?
Como o consumismo e a desconexão com a realidade, neste mundo cada vez mais virtual trarão de benefícios ou sequelas irrecuperáveis em nossa cultura?

As fontes de energia renováveis e limpas estão presentes no avião, na fórmula 1, nos carros que somos assediados a consumir ou eventualmente usar...ou no metrô que pegamos todos os dias, nos trens de viagem que elogiamos na Europa, mas que aqui não existem...? Onde está a discussão sobre tudo isso?

Quem conhece Paulo Saldiva, da Faculdade de Medicina da USP, sabe muito bem que os índices de partículas de chumbo na gasolina brasileira são um dos piores do mundo, o que respiramos no clímax das inversões térmicas em São Paulo, nos congestionamentos dá para matar um cardiopata!

O que a Saúde Pública tem a ver com este debate sobre energias limpas e renováveis? Tudo! Pois, a partir das escolhas que fizermos poderemos melhorar e muito a qualidad de vida das pessoas, termos mais transportes públicos coletivos movidos por água, eletricidade, gás natural, biodiesel e mesmo álcool, desde que mudemos a forma de produção do álcool nas lavouras, desde que reduzamos bastante o consumo de gasolina e derivados...! Ah, mas e o Pré-Sal? Como ficará?

Pois é, esse é outro tema essencial nas discussões da Rio + 20, pois se tudo caminhar para futuras extrações de óleo, gás e petróleo, isso não deverá ser a principal fonte do país, os royaltes em questão por estes direitos de extração, deverão se transformar em benefícios à sociedade, com educação de base, saúde de qualidade e pública, transportes públicos e renda familiar, empregos etc, mas se a ganância e corrupção se valerem destas riquezas naturais de modo irresponsável, o prejuízo será ainda maior! Por isso que muitas vezes é melhor não decidirmos por estas fontes não-renováveis e poluentes, pois já começamos errado! temos muitas outras formas de desenvolvimento, mas que dependem de um olhar ou melhor de vários olhares, da opinião pública nas decisões para serem sustentáveis!

Não adianta termos créditos de carbono para gastar ou negociar, dentro de uma visão simplista de economia verde, pois o princípio de poluidor-pagador e de compensação ambiental, são medidas mitigadoras que acabam por deseducar os consumidores e às indústrias, pois criaram uma noção que posso consumir sem limites, pois alguém está deixando de se desenvolever, deixando de crescer, deixando de usufruir e viver com qualidade por mim...por minha empresa, por meus atos e por minha irresponsabilidade! É isso que ninguém quer discutir, pois revelará o pior do sistema econômico atual, que é o egoísmo com nome de liberdade!

Por isso, comece em sua casa a pensar diferente, viabilize a reciclagem de seu lixo, eduque seus filhos com limites, evite o consumismo, reduza a escolha de embalagens descartáveis, avalie se precisa mesmo ter carro próprio, você pode alugar um, alugar a vaga de sua garagem, usar metrô, taxi, carona ou, se tiver que ter um, escolha o menos nocivo ao seu ambiente, seja solidário e responsável, escolha um flex, opte pela melhoria dos transportes públicos você sairá ganhando também, poupe os bens naturais, não desperdice, nem deixe as pessoas desperdiçarem nada, troque lâmpadas e equipamentos domésticos pelos mais eficientes e econômicos quanto ao consumo de energia, os mais duráveis e com logística reversa de resíduos, escolha eletrodomésticos de baixo consumo de energia, não compre brinquedos pirata, sem garantia de saúde e segurança, com pilhas mesmo que alcalinas, muitas vezes são produzidos por crianças escravizadas e exploradas!!! Tudo isso parece bobagem, mas é o mundo que é calado, passa como se tivese que existir e pronto, incomoda comentar e pensar nisso, mas passa por nós consumí-los e fazer parte desta cadeia produtiva insustentável e danosa aos próximos anos que virão! Tudo tem um preço, inclusive nosso egoísmo e cegueira!  Vamos ficar atentos às alternativas e escolhas de fontes energéticas que surgirão! Boas energias à todos! Renovando ares e pensares!

Saber Popular: Educação e Memória Sociocultural

O Saber popular é de uma riqueza incalculável, é um bem difuso e patrimônio sociocultural que se não registrado perde-se com os tempos e deixamos muitas vezes de valorizar ou principalmente de exercitar o saber ouvir e refletir sobre estes ensinamentos que na minha visão são saudavelmente acientíficos, pois são complexos, partem de observações feitas ao longo de gerações e gerações, um olhar raro e minucioso à algo do cotidiano, um insite de um fenômeno natural ou social, que foi sintetizado em uma frase, que se torna um conto, uma lenda, um ditado popular, ou remédio, um hábito ou cautela que se perpetua para sempre na memória de um grupo social, justamente por ser coerente, fazer sentido para as pessoas e comunidades que convivem e alimentam vivos estes saberes e assim preservam a história, costumes, tradições e valores de uma região!

Digo conhecimento não-científico, o popular, partindo da reflexão que fiz ao ler Edgar Morin em sua introdução ao pensamento complexo, onde ressalta que o complexo, não pode ser fragmentado ou desconectado do todo, como a escola tradicional sempre o fez, não pode ser reduzido e simplificado de forma científica, a qual despreza o saber popular muitas vezes por ser empírico e não acadêmico, acham até que nunca foi testado aquele saber...esquecem que os laboratórios da vida cotidiana, são mais eficientes e complexos que os ambientes controlados, induzidos e isolados dos meios científicos de modo geral...

Assim, acredito que a ciência contemporânea precisa mesmo dar um salto de qualidade e dignidade socioambiental e cultural, aceitando cada vez mais a possibilidade de saber ouvir e respeitar os saberes genuinamente populares, principalmente dos indígenas, aborígenes, ínuites, quilombolas, colonos dos interiores do Norte e Nordeste, caiçaras e pescadores dos litorais, dos velhos, dos catadores das metrópoles, dos trabalhadores rurais e extrativistas e a espontânea e pura observação das crianças de todo o mundo, retribuindo-lhes com a isenção de patentes de conhecimentos científicos e de seres vivos usurpados pelos mecanismos mercadológicos, ajudando e atendendo aos interesses da sociedade, não apenas vistos como meros consumidores consumistas, devolvendo-lhes soluções eficazes, com qualidade, durabilidade, garantindo-lhes saúde integral, respeito e sustentabilidade em tudo que se propuserem a produzir e então estaremos sintetizando tudo o que os sistemas complexos da natureza de nosso planeta sempre nos ensinaram e nos prestam gratuitamente até hoje...com os serviços ambientais complexos e insubstituíveis, como a manutenção de água doce potável, fertilidade de solos, ciclos biogeoquímicos naturais, decomposição espontânea, matérias-primas finitas, energia solar e vital, alimentos sazonais, sais minerais, remédios naturais, clima auto regulador, vegetação e ciclagem natural de resíduos...enfim, tudo que conhecemos e nos beneficiamos no presente, é resultado do conhecimento e observação da natureza, do saber popular que se tornou ciência...

O mundo está se tornando mais complexo na medida em que estamos cada vez mais buscando sintetizar as coisas, achando que simplificaríamos nossas vidas...A síntese, é o complexo! O complexo é o todo e isso na cabeça dos mais "simples", nunca esteve fragmentado, pois sempre foi incerto, ideias desorganizadas, orgânicas, livres e flexíveis...sempre foram o todo, ainda o não científico,...por isso incompreensíveis num primeiro olhar desatento...!

Cabe aqui um comentário para abrir para quem queira continuar o debate...Não estaria aqui o essencial motivo para as escolas mudarem radicalmente sua forma de serem? Serem mais livres da ciência oficial, permitirem o pensar, o saber complexo e transdisciplinar da sociedade civil, produzir novos conhecimentos sem depender do Capitalismo do Conhecimento?

Não estaria aqui um novo olhar da Educação, como centro da manutenção dos saberes populares diante da complexidade do cotidiano e a busca por soluções não fragmentadas e ao alcance de todos?

Parabéns aos que atuam no mapeamento de seu entorno, que valorizam o saber popular local, que incentivam a cogestão popular, que usam os dados complexos de sua região para conhecer as pessoas locais e ampliar a coparticipação popular, para assim se apropriarem das memórias e saberes locais, elaborarem sua agenda local de compromissos inadiáveis com relação às questões socioambientais e a vocação responsável da região e não mais esperarem por uma Rio + 20 que promete ser mais um fiasco e desapontamento, a começar pelo talvez futuro Código Florestal Brasileiro, pelas morosidades e descasos com as gerações futuras e a cegueira que toma conta dos governos, congressos, políticos e muitas ONGs que vivem dos problemas e não das soluções, comemoram a ampliação de seus associados, beneficiados e carentes atendidos e não da redução do número dos que deles dependem...!!!

Esta ainda será a nova Educação Socioambiental para esta segunda década do século XXI !