domingo, 2 de outubro de 2011

# NADISMO...ÓCIO CRIATIVO...

Você já ouviu falar em"nadismo"?
Pois é, nem sempre nos demos conta que ou estamos no mundo do "negócio", ou seja do trabalho; ou no mundo do "ócio", do não trabalho, que é um raro momento quando não estamos produzindo nada para ser consumido...somos todos força de trabalho, vivemos num mundo do capital, assim valorizou-se muito o tempo livre e com isso, muitos pesquisadores começaram a estudar e buscar entender como podemos e devemos saber curtir e usufruir mais deste "ócio criativo", como sugere Domenico de Masi, pensador italiano, que já esteve diversas vezes no Brasil e é um dos referenciais do SESC juntamente com Joffre Dumazedier, outro pensador, francês, que desde os anos 70,divulgam e pesquisam, no que diz respeito a promoção da cultura acessível e investir no tempo livre das pessoas, principalmente do trabalhador...

Segundo um novo promotor do ócio, ou melhor do nadismo, Marcelo Bohrer, paulistano e publicitário, é o conceito e filosofia de vida de buscar divertir-se, relaxar e não fazer absolutamente nada...ao menos de vez em quando! Seria um novo movimento saudável, semelhante ao do ócio criativo, porém a provocação está em não estimular a fazer nada, propõe parar tudo, curtir o agora, sem pressa!

Existe até um livro sobre o nadismo - Ed. Mega Livro, Marcelo Bohrer, uma revolução sem fazer nada, onde fala do "stopnjoy" - desfrute a vida sem fazer nada, sem pressa!

Marcelo Gleiseir, astrofísico brasileiro e também pesquisador do cotidiano, analisa sobre o "nada" por outra ótica, a da física quântica, onde conclui que o nada no sentido de ausência do tudo, não existe! Mas, pode ser responsável pelo destino do Universo!

Ou seja, mesmo quando achamos que nada estamos fazendo, ou nada está ocorrendo, ainda assim estamos realizando algo, ou participando de algo que tem significado para nós mesmos e que pode mudar o destino de nossas vidas, como simplesmente ao meditarmos não pensarmos em nada...coisa rara, mas que após esta vivência muitas vezes retornamos diferentes e muito melhores para enfrentar e compreender onde estamos inseridos, quando saímos de cena...observamos tudo de fora de nossa própria vida...desaceleramos para poder curtir e refletir.

Nosso cotidiano anda nos impondo ter a certeza de que o tempo está acelerado, não temos tempo para nada, pouco curtimos a vida...o mundo do negócio está nos engolindo...já alertava o Marxismo...!

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