Robôs: exposição sobre inteligência artificial - Japan Haouse (SP)
Blog à serviço da educação socioambiental e para quem gosta de ampliar as lentes sobre o conhecimento da ecologia urbana.
Robôs: exposição sobre inteligência artificial - Japan Haouse (SP)
São Paulo (capital) tem 03 viveiros municipais, mais de 1200 praças, várias delas fazem parte do projeto "Adote uma Praça" da SVMA (Secretaria do Verde e Meio Ambiente|), com mais de 114 parques municipais, entre urbanos e lineares! Um Jardim Botânico histórico com espécies de diversos lugares do mundo e fazendo parte do Parque do Estado Nascentes do Ipiranga, integram a maior floresta urbana do mundo, a querida Mata Atlântica, com mais de 8 mil Km² de área verde ainda resistindo na cidade e no estado de São Paulo.
O paisagismo funcional é um conceito de planejamento de áreas verdes urbanas para todas as pessoas, onde se pensa em espaços verdes e plantio de árvores e vegetação que permita o fluxo e fruição de pessoas com e sem deficiência nestes espaços da cidade, com árvores e arbustos ornamentais, frutíferas nativas, palmeiras, herbáceas, aromáticas, ervas medicinais, flores melíferas e que promovem a vida de diversas espécies de insetos como abelhas e outros polinizadores como pássaros, beija-flores e mesmo morcegos.
Cidades inteligentes, sustentáveis, verdes e acessíveis são algumas das metas da agenda até 2030, dentro dos ODS (ONU, 2015), para planejarmos e construirmos nosso futuro comum.
Curtir estes espaços de forma multissensorial e poder passear nestes bosques, sentir texturas de árvores, folhas, sentir aromas de flores, a sombra, o frescor, umidade e temperaturas amenas da vegetação, mesmo estando em plena cidade de São Paulo é entender que garantir o verde do planeta, amar e preservar as florestas, é uma atitude que está em nossas mãos! Basta plantarmos, dispersarmos sementes, trazermos de volta o verde nas praças, nas ruas, nas calçadas, nos parques de nossas cidades.
Vale a pena conhecer projetos de paisagismo urbano, como a "Floresta de Bolso", uma iniciativa em parceria com diversos setores da sociedade na cidade, que junto com o paisagista Ricardo Cardim, vem povoando de verde nativo em pouco tempo, renascem e revegetam novos bosques urbanos de nativas, que já podemos dizer que serão o futuro do verde e saúde da cidade.
A cada árvore que morre, que cai após uma tempestade e daqui para frente, teremos cada vez mais mudanças climáticas e aquecimento extremo nas cidades e mesmo ameaças aos ecossistemas como Pantanal, Cerrado e Amazônia...Não podemos ficar de mãos atadas e braços cruzados...
Cada semente que você tiver em sua casa, em sua mão, após comer uma fruta, procure fazer dela uma mudinha desta planta, devolva esta vida que lhe agraciou com um alimento, que ela volte a viver na terra, adube, plante, deixe-a crescer e tirar a poluição do ar, trazer paz, saúde, alimento, sombra, amizade, orgulho, uma história para contar, uma árvore ou planta para ser sua companheira, termos uma cidade mais verde! Seja uma laranja, uma uva, um abacate, um mamão, um cajú, uma melancia...uma grumixama...conto contigo neste verdejar!
Plante agora, a floresta está em sua mão!
#florestadebolso
Reabertura do mundo digital? Sim, a retomada da vida durante esta pandemia de Sars-Cov-2 (Covid-19), que completa dois anos este ano, me fez voltar a publicar e compartilhar saberes aqui no velho, saudoso e bom blog - Bionóculo, que surgiu há mais de 12 anos e renasce com novidades em breve para trazer esperançar por dias melhores!
Este blog surgiu em 2008, ainda no início de minha vida como educador socioambiental (iniciada em 1991 e consolidada a partir de 2002 até o momento) e que muito estimulado sempre em registrar ideias e partilhar reflexões em diversos temas ambientais e transversais da ecologia urbana e humana, em tempos em que não havia Instagram, era recente o Facebook e os blogs e depois os videoblogs, havia acabado recentemente o MSN e surgido os pod cast também...uma evolução da comunicação livre digital e das redes sociais no planeta! Mas a vida ainda era essencialmente presencial e livre de pandemias graves...o planeta parecia ainda ser um recurso inesgotável...
Enfim, esta vida da quarentena social, do isolamento para uma grande maioria da população mundial, colocou em xeque esta tal "normalidade" da vida em sociedade, gerou uma ruptura na vida presencial pressuposta como inalterável dos encontros, liberdades e aglomerações.
Durante a pandemia, a vida nas cidades depende agora de serviços essenciais, de serviços remotos, do mundo virtual e da Internet para poder seguir com segurança sanitária e ampliou com isso desigualdades e distanciamentos entre as relações humanas...
As pessoas em vulnerabilidade, as que já estavam na dita "quarentena histórica" de isolamento e segregadas da sociedade, como é o cotidiano de milhares de pessoas com deficiência, ficou em evidência, se agravou na pandemia e revelou impactos profundos na vida de pessoas com e sem deficiência. Mas, claro, quem já estava em desvantagens, vivendo os desafios diante das barreiras criadas pela sociedade só vieram a perder mais ainda seus direitos e dignidade.
No mundo, são mais de 1 bilhão de pessoas com deficiência (PcD), cerca de 15% da população mundial (Relatório Mundial da Deficiência. ONU, 2010).
No Brasil, são cerca de 45 milhões de pessoas com deficiências em geral, isso representa cerca de 25% da população brasileira (IBGE, 2010), sendo cerca de 6,7% da pop. brasileira com alguma deficiência severa, cerca de 12 milhões de pessoas com deficiência (IBGE/WG, 2010/ 2018).
Diante desta situação de privação e isolamento social, grande parte da população com e sem deficiência ficou distanciada da qualidade de vida e bem-estar social de antes da pandemia, mais risco de contagio e contaminação viral em espaços fechados ou de aglomerações de pessoas e sentindo os prejuízos dos retrocessos nas políticas públicas e saudosos dos tempos de maior investimento na área social e ambiental. O que levou a um aumento no déficit de natureza entre as pessoas das cidades, do contato com as áreas verdes e frequentarem os espaços públicos culturais e de lazer, parques e lugares de natureza, mesmo no meio urbano.
Isso nos mostra um cenário dramático e urgente de repensarmos nossas escolhas e valores, que sustentabilidade queremos e precisamos ouvir as pessoas com deficiência o que estão pensando sobre isso? Como anda a acessibilidade nas áreas verdes na cidade de São Paulo e no país?
Vamos trocar ideias por aqui, escreva comentários para ampliarmos este debate!
Até as próximas matérias!
Obrigado