domingo, 27 de maio de 2012

SUA ESCOLHA DESENHA SEU FUTURO...!

"Sua escolha, desenha seu futuro...sua escola, depende de seu olhar!"

A cada dia percebo mais e mais que conforme nosso olhar se apura, nossa visão de mundo se amplia e assim seguimos construindo novos pensamentos e aprendizados que vão se tornando ao longo de nossas vidas uma escola de conhecimentos incríveis e até poéticos, pois estão no contexto e intimidade do cotidiano, por isso fazem sentido...

Outro dia, conversando com um amigo no SESC Belenzinho, o Damasceno, grande pessoa na sua simpatia e cordialidade, contou-me sobre uma história de criança que muito lhe ensinou sobre saber ler e respeitar os sinais da natureza.

Falávamos sobre a meteorologia que atualmente mesmo com tanta tecnologia ainda erra muito na precisão dos fenômenos naturais como chuvas, terremotos e tsunamis e que poucas pessoas hoje sabem ler o céu e saber se vai chover hoje, ou se vai cair logo a chuva, de onde vem a chuva de seu bairro, norte, sul, leste ou oeste, para que lado sopra o vento, que nuvem é aquela...? Enfim, a constatação de quanto isso é valioso e já desapercebido, surgiu uma reflexão nesta história que ele me contou e que compartilho com vocês!

" Certo dia meu pai ia caçar e foi longe, até a beira do rio já quase seco na estiagem típica do nordeste, para caçar talvez uma capivara ou uma raposa...e logo encontrou uma raposa na margem seca do rio...hesitou em atirar para caçá-la...por um instante sentiu que algo estava ocorrendo e ele não entendia...

De repente, ele notou que a raposa era uma fêmea e estava a retirar um por um de seus filhotes da toca e levá-los para bem longe dalí...observou, pensou e desistiu de atirar e voltou pra casa desanimado, mas curioso...

Ao chegar em casa logo perguntou para seu pai, meu avô, o motivo de uma raposa em pleno final de seca perder tempo em tirar seus filhotes de perto do já raro filete de água do rio...e ele um mero caçador de sobrevivência, ter hesitado em atirar nela...pobrezinha...

Ai meu avô, virou-se e disse, que bom meu filho que não atirou, pois esta raposa estava apenas pressentindo a chegada da cheia do rio, com as chuvas que já deviam estar caindo na cabeceira da nascente do rio, bem distante, mas que este animal por instinto e sabedoria, já estava se preparando para salvar seus filhotes da enchente de fim da seca...!!!! Nossa meu pai nunca mais esqueceu deste aprendizado que a natureza lhe deu, mas tudo dependeu de um olhar atento e de uma escolha sábia..."

Olha que bela história, vale como um conto natural, factível, uma mensagem que com os tempos vira um ditado popular, nascido de uma bela observação da natureza!!!!! Isso é científico ou apenas uma variação do folclórico?

Acredito que no momento que passamos a usar este fato, que vira conto e que depois pode ser usado como um alerta cheio de lirismo e folclore, do tipo...Olha se você matar um animal na beira do rio na seca, poderá não chover mais na região...ai sim é nascer talvez o folclore como forma de representação social e cultural dos valores do saber popular, como no ditado popular que comprova um fenômeno, reafirma uma lei ou proíbe e determina regras de um jeito sutil a partir da crença e conhecimento local.

Contos que encantam: Viva a sabedoria Popular!

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