quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Homo Metrôpolitanus na Megalópe...

Caros aqui vai apenas um caderninho meu de campo, urbano, onde rabisquei em 2006, uma charge brincando sobre como estamos tendo que nos adaptar a cada dia para sobreviver e resistir ao aumento populacional e as 11 pessoas por metro quadrado (11p/m²) nos corredores dos vagões do Metrô em São Paulo...

Claro, agora em janeiro 2010 tudo fica mais vazio, devido as Férias Escolares e de alguns trabalhadores, faz lembrar a época dos anos 80, tudo ainda funcionava por horários, havia até hora do "rush", era o pico de concentração de gente e de carros etc...Agora o horário de pico é a todo instante, basta chover, ser segunda ou sexta, véspera de feriado, ou de férias...ou de greve...final de campeonato, véspera de eleições...risos...

Acho que só vai esvaziar na época da Copa do Mundo...da África do Sul!

Na imagem, fiz o Metropolitanus rex...ou Homo metropolitanus sapiens mezosapiens...o Homem contemporâneo das Megacidades (risos) para mostrar que teremos que evoluir, seremos selecionados, inevitável sofrer seleção natural...

Sobreviverão os que não tem roupas que amassam...os que tem altura entre 1,70 e 1,80m para conseguir segurar nos balaustres do trem, os que usam mochila na frente do corpo...que não usam relógio de pulso, que não ficam na frente da porta no embarque e desembarque, sem necessidade...que usam calças sem bolsos atrás, isso tudo evita furtos e incômodos à você mesmo e aos outros usuários...os que usam tênis sem cadarços e de caminhada com amortecedores e anti-derrapantes, assim não escorrega na escada rolante, nem prende o cadarço no vão da escada, nem tropeça depois da catraca...

Vejam que o Metrô é um bom exemplo diário de como lidar com massas de gente...
Desligam escadas rolantes nos horários de pico, evitando acesso mais rápido às plataformas de embarque, tem os limitadores de fluxo de embarque, onde parecem baias de gado, mas só assim pra conter tanta gente e evitar que se empurrem ou caiam nos trilhos...Vejam só quanta situação complexa quando excedemos os limites populacionais...

Sampa não suporta mais gente, não é por mal, mas tudo tem sua capacidade de suporte e a nossa já foi pro beleleu...!

Isso é o que chamam de "direito de ir e vir"?
Pra quem tem aonde ficar, pra quem tem destino certo e conhecidos, oum veio a trabalho ou mesmo a turismo, isso é verdadeiro, pois chega, curte a Cidade e volta, gera impactos e consumos, mas não fica pra sempre, há desgastes mesmo assim, mas tudo certo... primeiramente o que se pode fazer?!

Mas, quando a pessoa, não é um cidadão, no sentido de que vem sem condições de retorno, não conhece nada nem ninguém, não veio a passeio, nem tem emprego...então vira morador de rua, indigente e tudo bem? Não aceito esta situação irresponsável da Sociedade em achar que está tudo bem, é direito de todos... absurdo!

O que que é isso? É descaso sim, é a tal cegueira que Saramago tanto anuncia...
É fácil e cômodo não querermos ver os desafios que as Megalópoles estão nos alertando.

Criamos pessoas consideradas pelo município como "Problemas Sociais"...
Experimente chamar um SAMU para socorrer um morador de rua, o que irá descobrir e arrumar para sua cidadania!

Bem, fica ai mais uma dica eco-prática de nossa urbes: Colabore com sua cidade, simplifique sua vida, desapegue-se dos bens de consumo inviáveis e superados pela dinâmica da cidade grande, pare e pense o que estamos fazendo conosco mesmo, decida o que deseja para seu futuro, mas lembre-se a natureza e o planeta já estão mostrando que governa!

Adapte-se, seja solidário! Evoluir é a única saída para não ser EXTINTO...

Veja também: http://www.cidadedemocratica.org.br/
e www.inara.org/cgi-bin

Até breve!

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